PESQUISA
PRODUÇÃO TECNOLÓGICA
PATENTES
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BR10202401129 intitulada “Método de obtenção de ésteres a partir de coproduto de óleo rico em ácido graxo” depositada em 5 de junho de 2024
Discentes: Michelle Marques dos Santos (aluna de doutorado do PPGBq, previsão de defesa em agosto 2024)
Docente: Evelin Andrade Manoel (orientador) Viridiana Santana Ferreira leitão (co-orientador)
O mercado de cosméticos tem crescido constantemente no Brasil, que ocupa a quarta posição global de sua comercialização. Todavia, poucos são os projetos inovadores de cunho sustentável e biotecnológico que almejam o desenvolvimento de novos produtos. A incansável busca pela valorização de resíduos industriais é uma das alternativas para geração de produtos multipropósitos. Dessa forma, a invenção intitulada ” Métodos de obtenção de ésteres a partir de coproduto de óleo rico em ácido graxo”, contribui significativamente para na valorização desses subprodutos para a indústria do óleo de palma. A presente invenção visa a utilização de enzimas, da vitamina C e um co-produto da indústria de óleo de Palma (DDOP) para a obtenção de um pool de ésteres de ascorbila. O produto gerado apresentou alta estabilidade, comparado com seus pares comerciais, bem como apresentou características multifuncionais, elevada atividade antioxidante, não tóxico, alta umectância etc, mostrando ser um produto perfeito para formulações pela indústria de cosméticos”. A patente entra na categoria “patente verde” junto ao INPI e vem sendo estudada para sua implementação junto ao mercado industrial. Esse é mais um dos produtos gerados pelo PPGBq, parceria de sucesso entre a UFRJ e INT, resultado do projeto da aluna Michelle Marques dos Santos, junto as orientadoras Evelin Andrade Manoel e Viridiana Santana Ferreiro Leitão
Michella Marques dos Santos
Evelin Andrade Manoel Viridiana Santana
Viridiana Santana Ferreira Leitão
Vale destacar 3 patentes produzidas por discentes e docentes do PPGBq no quadriênio 2017-2020, pelo impacto biotecnológico e relevância sócio-econômica dos trabalhos desenvolvidos.
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BR1020180729756 intitulada “Processo de produção de peptidases por meio de fermentação em estado sólido de resíduo agroindustrial” depositada em 08 de novembro de 2018.
Discentes: Taissa Ferreira de Oliveira Souza e Anderson Fragoso dos Santos (Egresso)
Docente: Denise M. G. Freire
A utilização de enzimas em produtos de limpeza e, especificamente, em detergentes é cada vez maior. Os detergentes enzimáticos são produtos destinados a limpeza hospitalar e devem conter, necessariamente, peptidases, podendo ser adicionados de outras enzimas hidrolíticas. Desta forma, é cada vez mais importante a busca de enzimas eficientes para esta aplicação e de alternativas para a sua produção. A presente invenção descreve um processo de produção de peptidases a partir de resíduos agroindustriais provenientes da indústria do dendê por fermentação no estado sólido seguida de uma etapa otimizada de extração por biossurfactante. Com esse processo, é possível reduzir o custo da produção/importação das enzimas e diminuir os problemas de disposição desses resíduos sólidos na natureza, empregando-os em novos processos industriais. Os resultados obtidos foram promissores para a futura aplicação desse preparado enzimático de baixo custo na formulação de detergentes especiais e composições de limpeza hospitalar. A partir deste processo patenteado de produção de peptidases, a start-up LUMINASE Biotecnologia foi criada e incubada no PPGBq. A empresa recebeu o prêmio de segunda melhor start-up da Feira Hospitalar de 2018 em São Paulo, reconhecida como a mais importante vitrine do mercado hospitalar nacional. Ganhou também o investimento a fundo perdido (R$ 250.000,00) do Edital de Inovação SESI/SENAI para alavancar start-ups. -
BR1020180672827 intitulada “Processo de obtenção de manana, manano-oligossacarídeos e manose a partir de sementes de palmeiras do gênero Euterpre” depositada em 31 de agosto de 2018 e concedida em 22 de outubro de 2019. Discentes: Álvaro Ferreira Monteiro (Graduação) e Ingrid dos Santos Miguez
Docente: Ayla Sant’Ana da Silva
A produção de açaí chegou a 1,62 milhões de toneladas em 2019. A polpa, a fração comestível do fruto, corresponde a 5-15% do açaí. Os outros 85-95% representam a semente não comestível, um resíduo da despolpa. Estima-se que 1,4 milhões de toneladas de sementes se acumulem na Amazônia sem aproveitamento estabelecido, gerando um problema ambiental e sanitário. Para extrair o maior valor desse resíduo, a presente patente de inovação avaliou sua composição química para determinar as aplicações apropriadas e desenvolver métodos de conversão. A manana foi identificada como o principal componente das sementes, correspondendo a 80% dos carboidratos totais. Para converter este alto conteúdo de manana em manose, um produto com interesse comercial, um processo sequencial de ácido diluído e hidrólise enzimática foi desenvolvido. Assim, este trabalho fornece dados fundamentais para alcançar alta concentrações e rendimentos de manose a partir das sementes de açaí, agregando valor comercial a este resíduo. O aproveitamento da semente de açaí pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico de regiões mais remotas do país que têm sua subsistência diretamente relacionada com o comércio do açaí, além de minimizar o impacto ambiental do processamento do fruto. -
BR102018069598 intitulada “Formulação lipossomal, composição farmacêutica, uso de uma formulação lipossomal, método para tratamento de câncer, e, processo para preparação de uma formulação lipossomal” depositada em 25 de setembro de 2018.
Discente: Luciana Facchinetii de Castro Girão
Docente: Elba P. S. Bon
A patente de invenção trata do desenvolvimento de uma formulação inovadora da enzima asparaginase II de Saccharomyces cerevisiae clonada e expressa em Pichia pastoris. O principal medicamento para o tratamento da leucemia linfocítica aguda tem como princípio ativo a enzima asparaginase de origem bacteriana. Apesar dos efeitos terapêuticos comprovados, esta asparaginase causa sérias reações adversas e imunológicas. O medicamento existente no mercado brasileiro é importado, havendo uma situação inadequada em relação ao abastecimento do produto pelo seu preço e dependência tecnológica. Portanto, o presente trabalho propôs um processo para a produção e formulação da asparaginase de levedura, visando a obtenção de um biofármaco antileucêmico a partir de tecnologia nacional. A patente em questão venceu o Prêmio Octavio Frias de Oliveira 2019, organizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, na modalidade Inovação Tecnológica em Oncologia. O trabalho foi alvo de uma reportagem de página inteira no jornal Folha de São Paulo.
Denise Maria Guimarães
Ayla Sant’Ana da Silva
Elba P. S. Bon