QUEM SOMOS
HISTÓRICO
O Programa de Pós-Graduação em Bioquímica (PPGBq) do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o primeiro da área no Brasil, iniciou suas atividades em 1962. Em 1963, o PPGBq foi reconhecido pela CAPES e, desde então, atua ininterruptamente na formação de Mestres e Doutores em Bioquímica, contribuindo ativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
São escassas as fontes originais dos primeiros anos do PPGBq. Todavia, segundo referências enviadas ao Conselho Federal de Educação (CFE) do Ministério da Educação, o corpo docente da então divisão de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade do Brasil, chefiado pelo Prof. Dr. Paulo da Silva Lacaz, criou, em 1962, o Programa de Pós-graduação em Bioquímica, o qual se tornou uma referência nacional. O PPGBq tinha como objetivos principais:
- efetivar a criação de um núcleo de bioquímicos capacitados a dar assessoramento e consultoria industrial, de ensino e pesquisa;
- assegurar a formação de pessoal competente para atender à expansão do ensino universitário em nível nacional e, ao mesmo tempo, viabilizar o aumento da qualidade de ensino;
- estimular o desenvolvimento da pesquisa científica por meio da preparação adequada de pesquisadores e da proposição de temas de trabalho que atendessem à realidade nacional.
O PPGBq, desde sua criação, tem pautado sua trajetória no ensino, pesquisa e extensão. Esta associação tem permitido a formação de recursos humanos altamente qualificados, tanto na Graduação quanto na Pós-Graduação, fundamentada no avanço científico e dirigida para as necessidades nacionais. Além disso, o Programa possui atuação destacada nas áreas de Bioquímica Básica e Industrial, aspecto que reflete a excelente qualidade de seu ensino e pesquisa. Esse reconhecimento pode ser comprovado pelo significativo papel disseminador da Bioquímica que o PPGBq desempenha, uma vez que boa parte dos docentes pesquisadores, alocados em diversas Universidades e Centros de Pesquisa do país, correspondem a recursos humanos egressos de nosso Programa de Pós-Graduação.
Ao longo dos seus 59 anos de existência, o PPGBq assimilou as modernas técnicas bioquímicas de análise. Este acesso às ferramentas disponibilizadas pela Biologia Molecular, Biologia Estrutural, Bioinformática e Proteômica permitiu elevado padrão de qualidade nos trabalhos realizados e na formação de recursos humanos. Avanços foram feitos em paralelo com a manutenção e o aprimoramento do conhecimento tradicional e dos procedimentos analíticos. Muitos trabalhos se desenvolveram em colaboração com outros Programas de Pós-Graduação do IQ e da UFRJ e também com grupos de pesquisa nacionais e internacionais, produzindo interações complementares e de aprimoramento.
Além de trabalhos nas áreas tradicionais de Bioquímica Básica e Biologia Celular, o PPGBq se destaca por desenvolver um número expressivo de trabalhos nas áreas de Bioquímica Aplicada, Biotecnologia Microbiana, Biocatálise e Biotransformação, Tecnologia Enzimática, Química de Proteínas e Estresse Ambiental. Este perfil de atuação, delineado a partir da produção do Programa, enriquece-se com pesquisas mais recentes nas áreas de Engenharia Metabólica, Biologia Estrutural e Engenharia de Proteínas. Conjuntamente, estas áreas de pesquisa, que atendem aos aspectos fundamentais e tecnológicos da Bioquímica, refletem também o perfil dos laboratórios e professores que participam do PPGBq, bem como a sua competência para o desenvolvimento da Biotecnologia no país – uma demanda inquestionável brasileira e mundial. Como consequência natural de sua evolução e em consonância com sua proposta e desempenho, em 2008, o PPGBq passou a integrar a área de Biotecnologia da CAPES, consistente com a estrutura curricular, as linhas de pesquisa e a experiência e produção científica do seu corpo docente. A excelência do PPGBq pode ser comprovada por indicadores recentes, pelo alcance do conceito 6 na avaliação trienal (2010-2012) e sua consolidação na última avaliação quadrienal (2013-2016).
O PPGBq, pela sua história e perfil, desenvolveu ao longo dos anos uma forte interação com o setor industrial, estabelecendo a desejada ponte entre o avanço científico e a sua aplicação para a produção de bens e serviços. Este é um aspecto relevante, pois os alunos amadurecem a cultura do processo biotecnológico, tão necessária à sustentabilidade, como uma alternativa viável aos processos químicos. A natureza multidisciplinar do corpo docente do PPGBq tem possibilitado o desenvolvimento de projetos que vão da biomolécula ao biorreator, produzindo ciência básica de alta relevância que contribui para o desenvolvimento de produtos e processos tecnológicos inovadores. Neste contexto, cabe destacar o estudo em maior escala (plantas piloto) do uso de resíduos da agroindústria para a geração de bioprodutos a serem utilizados na síntese de biocombustíveis e em tecnologia ambiental.